Quando os pais começam a dar mesada para filhos pré-adolescentes ou adolescentes, é comum acontecer um momento de descontrole. Muitas vezes eles gastam demais, sem levar em consideração o tempo que vai demorar até receberem dinheiro novamente. Foi o que aconteceu com nossa cliente Alice*: ela conta que deu a mesada para a filha Vitória, com o objetivo de durar uma semana, mas no primeiro dia ela usou todo o valor de uma vez só.
Saiba por que os adolescentes compram por impulso
Esse tipo de comportamento é normal e faz parte do processo de aprendizagem. O nosso conceito de educação financeira é assim: sugerimos que você use situações práticas como pretextos para conversar com os adolescentes, provocando a mudança de atitude a partir de eventos reais.
Nosso usuário Maurício teve um problema semelhante ao da Alice. Com dois filhos adolescentes, ele começou a dar a mesada mensalmente. Mesmo assim, era frequente receber telefonemas dos filhos pedindo para transferir mais dinheiro. Isso acontecia quando eles precisavam pagar um lanche no colégio, por exemplo, e a mesada já havia acabado. Maurício conversou com os filhos e entendeu a origem do problema: como o Blu é aceito em todos os estabelecimentos, inclusive para compras online, os meninos estavam gastando a mesada em “skins” de games.
Foi aí que Maurício descobriu um segredo infalível para ajudar seus filhos a não gastarem a mesada toda de uma vez.
A primeira mudança que Maurício implementou foi começar a dar pouco dinheiro de cada vez. Apenas o suficiente para as despesas da semana. Aos poucos, conforme eles se acostumaram, o valor foi aumentando novamente. Ele conta: “comecei a dividir o valor mensal em semanadas, e com isso eles tinham que esperar três semanas para juntar recursos suficientes para usar nos games”. Segundo Maurício, esse truque ajudou muito a controlar a impulsividade dos filhos.
Em seguida, foi a hora de começar a criar mecanismos para incentivá-los a poupar. Junto com cada um dos filhos, ele criou Reservas no Blu e pensou em dar um estímulo a mais. “Propus a eles o seguinte: para cada real que eles guardassem, eu colocaria a mesma quantia na reserva. Foi a forma que encontrei de simular um rendimento, para que eles entendam como o dinheiro pode crescer quando poupamos”, conta ele. Com o tempo, os filhos começaram a poupar tanto que foi preciso recalcular o aporte paterno: “como eles já tinham bastante saldo nas reservas, passei a acrescentar um real para cada cinco que forem poupados”.
Outra ideia que Maurício pôs em prática foi sugerir a criação de Reservas diferentes para os filhos guardarem o dinheiro que ganham de presente de avós e padrinhos. Nesses casos, ele coloca prazos de carência mais longos para o resgate. Assim os recursos são liberados ao longo do tempo, trazendo o aprendizado de planejar e esperar, em vez de gastar o dinheiro assim que recebem, sem pensar.
E você, já pensou no que pode fazer para ajudar seus filhos a aprender a lidar com dinheiro?
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